Vereadores solicitam dados oficiais sobre repasses do Governo Lula à Saúde goiana

Contraponto ao Governo

Intenção por trás do requerimento é esclarecer alegações do Governo, que acusa o Governo de cometer falhas no repasse dos recursos

Fachada da Câmara Municipal de Goiânia. No prédio são realizadas as discussões e votações dos processos legislativos (Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Goiânia)

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Felipe Cardoso

Os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia aprovaram, por unanimidade, um requerimento que pede ao Ministério da Saúde informações oficiais sobre os repasses federais destinados ao estado de Goiás. O documento, que foi protocolado no Legislativo pela vereadora Kátia Maria (PT), busca esclarecer alegações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que moveu ação no Supremo Tribunal Federal (STF) acusando o Governo Federal de cometer falhas no repasse dos recursos à saúde goiana.

“Apresentamos o requerimento para que o Ministério da Saúde nos envie dados oficiais, assim teremos condições de confrontar as informações do governador. Precisamos esclarecer para a população de Goiás o que, de fato, está acontecendo na saúde”, justificou a vereadora. Em seu discurso na tribuna, a parlamentar criticou o posicionamento do governador que, segundo ela, tenta transferir responsabilidades à União.

SAIBA MAIS:

Na semana passada, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) passou por situação semelhante. A petista Bia de Lima (PT) usou a tribuna da Casa para apresentar alguns dados obtidos junto ao Ministério da Saúde. Os números, segundo ela, “desmontam” o discurso de que a gestão Lula não tem destinado os valores necessários para financiamento da saúde goiana. 

“Todos sabem que o presidente Lula tem atitudes diplomáticas e republicanas com todos os governadores. E não seria diferente com o governador de Goiás”, introduziu. 

De acordo com a parlamentar, os números mostram que na contramão do que tem sido afirmado, os repasses foram elevados em quase 20% quando comparados à gestão anterior. “Os valores foram elevados em 19%, de 2022 para 2024, o que representa mais de R$ 352 milhões a mais”, declarou.

Caiado critica ‘falta de repasses’

No dia 2 de outubro, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) protocolou uma Ação Cível Originária (ACO) no Supremo Tribunal Federal. A medida foi adotada, segundo o governador Ronaldo Caiado, em função da “falta de critérios, do desequilíbrio e da omissão da União nos repasses ao estado”. 

O governo estadual aponta que os valores repassados são insuficientes para o custeio do sistema e que Goiás acumula mais de R$ 1,2 bilhão de prejuízo em três anos. 

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“Hoje, o cidadão goiano recebe 0,6% menos recursos per capita em relação a outros estados, simplesmente porque o governador Ronaldo Caiado não comunga com a metodologia e a forma do PT de governar. Talvez, na cabeça do presidente Lula, o valor ponderal da vida em Goiás vale menos do que em estados que ele goste mais”, afirmou Caiado ao justificar a ação.

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