Cumprindo com o anúncio feito no início do ano, a Nissan e a Renault anunciaram nesta sexta-feira (10) que a linha de produção das picapes Frontier e Alaskan na fábrica de Santa Isabel, em Córdoba, na Argentina, foi encerrada.
No caso da japonesa, a produção será deslocada para o México, de onde a Frontier passará a ser exportada já com novo visual interno e externo. Não será uma nova geração, mantendo a base do modelo atual, mas seguindo uma receita bem parecida com o que a Chevrolet fez na S10.
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Não espere por evoluções no sentido de eletrificação: a renovada Frontier que chegará em 2026 não terá nada disso. Caso a aliança com a Mitsubishi permaneça, essas evoluções serão contempladas somente na próxima geração, mas não agora.
Já a Renault Alaskan não terá a mesma sorte. Assim como a natimorta Mercedes-Benz Classe X, outro fruto deste mesmo projeto que foi cancelado antes mesmo de começar a ser fabricado, o destino da versão francesa será o fim da linha.
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Fonte: Motor1.com
Procurada pelo Motor1 no país, a Nissan Argentina confirmou o encerramento da linha com o seguinte comunicado:
“De acordo com o que foi relatado em 28 de março e como parte de seu plano de transformação Re:, a Nissan encerrou hoje a produção da picape Frontier na Fábrica Santa Isabel. A partir de agora, toda a produção de picapes para a região será concentrada no México. A Nissan Argentina reafirma seu compromisso de continuar oferecendo aos seus clientes o melhor de seu portfólio, bem como a melhor qualidade de vendas e serviços pós-venda por meio de sua rede oficial de concessionárias em todo o país.”
Também a pedido do Motor1, a Renault Argentina enviou a seguinte mensagem:
“Hoje chega ao fim a produção da picape de uma tonelada na Fábrica Santa Isabel. Neste contexto, e como parte de sua transição industrial, a fábrica iniciou uma reorganização interna, tendo em vista o próximo ciclo de produção da nova picape de meia tonelada planejada para o próximo ano.”
Encerramento antecipado
Fontes do setor consultadas pelo Motor1 afirmam que o plano original era encerrar a produção no final de novembro, mas a medida foi antecipada por falta de peças. Alguns fornecedores de autopeças relataram relações tensas com a Nissan e teriam interrompido o fornecimento, o que impediu a conclusão de algumas unidades previstas no cronograma original.
Com o fim da linha, a Nissan Argentina deixa de ser uma montadora local e passa a atuar apenas como importadora. Meses atrás, Ricardo Flammini, presidente da marca no país, já havia adiantado que o foco passaria a ser a produção em outros mercados, começando pelo novo Nissan Kicks, que deve chegar ao Brasil até o fim do ano.
Com essa medida, a Nissan Argentina deixa de ser uma produtora de automóveis na Argentina e passa a ser uma importadora. Ricardo Flammini, presidente da Nissan Argentina, anunciou meses atrás que a marca se concentrará na produção de veículos no exterior, começando pelo novo Nissan Kicks, já feito e vendido no Brasil, e que deve chegar ao mercado argentino antes do final do ano.
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Renault argentina focará na Niagara
Diferente da Nissan, a Renault continuará fabricando veículos em Santa Isabel. Atualmente responsável pelo Kangoo, a marca se prepara para iniciar a produção da picape médio-compacta Niagara, derivada da mesma plataforma de Kardian e Boreal.
A Niagara será concorrente direta de Fiat Toro e Ram Rampage e terá produção iniciada na Argentina em 2026. A confirmação veio de Pablo Sibilla, presidente da Renault Argentina, em entrevista ao Motor1.com Argentina durante a apresentação do Boreal em São Paulo. Segundo o executivo, o modelo será estratégico para a marca e para a fábrica argentina.
Em março, o Motor1 já havia antecipado que a picape manterá o nome Niagara, como no conceito, e compartilhará componentes com o Boreal, incluindo parte do design e soluções internas. O diretor de design da Renault América Latina, Daniel Nozaki, afirmou que o modelo manterá o bom nível de acabamento e tecnologia apresentados no protótipo, mas com ajustes visuais próprios.
Atualmente, o modelo segue em testes na Argentina na forma de mulas de desenvolvimento, e as primeiras unidades pré-série devem começar a circular nos próximos meses. A princípio, a marca descarta versões híbridas e concentrará a oferta no motor 1.3 turbo.
