Apesar de fechar o semestre com alta de 7,8% na produção de veículos em relação ao mesmo período do ano passado (1.226,7 mil contra 1.137,6 mil unidades), o presidente da Anfavea, Igor Calvet, destacou “sinais preocupantes” nas vendas ao mercado interno. “No acumulado do semestre, negócios realizados com pessoas físicas caíram cerca de 10%”, detalhou.
Os números consolidados de comercialização de veículos leves e pesados produzidos no Brasil mostraram crescimento de 2,6% no primeiro semestre (970,6 mil unidades). Contudo, os importados percentualmente subiram bem mais (15,8%) e somaram 228,5 mil unidades.
Foto de: Jason Vogel
Juros elevados são um dos fatores que seguram as vendas. Com taxa Selic de 15% ao ano, os juros para pessoa física chegaram a 27,6% em junho. Quanto às importações até o final do ano deverão ser vendidas mais de 200 mil unidades vindas somente da China. “Isso equivale à produção anual média de uma fábrica instalada aqui”, observou Calvet.
Quanto à produção, as exportações principalmente de veículos leves para a Argentina é que estão garantindo o nível de emprego quase estável. Especificamente no mês passado 460 postos de trabalho foram fechados, mas nos últimos 12 meses os números mantêm-se positivos: 4,9 mil novos funcionários.

BYD iniciou testes em sua fábrica de Camaçari (BA), mas espera decisão do governo sobre redução de imposto para SKD
Foto de: BYD
Anfavea sustenta posição contrária à redução do Imposto de Importação para unidades CKD e SKD (veículos demonstrados e semi desmontados) mesmo de forma provisória. A BYD ainda aguarda a decisão do governo sobre este pleito em relação à fábrica de Camaçari (BA), inaugurada, mas sem produzir com um mínimo de localização das peças.
Não houve alteração na divisão do mercado de autos e comerciais leves, por tipo de motorização no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2024: gasolina, 4,5%; elétrico, 2,7% (2,5%, em 2024); híbrido, 3,9%; híbrido plugável, 3,6%; diesel, 10,8% e flex, 74,8%.

Foto de: Motor1.com
GM completa 100 anos com cinco lançamentos
A fabricante americana comemora um século de atividades no País e apresentou simultaneamente cinco modelos inéditos (três nacionais e dois importados da China). Os nacionais não tiveram alterações nos preços.
Onix hatch: atualização de desenho na parte frontal, acabamento interno e conteúdo de conectividade evoluído, em sete versões. Preços de R$ 102.990 (1,0 L manual) a R$ 130.190 (RS Turbo automático). Garantia de cinco anos.

Novo Chevrolet Onix e Onix Plus ganharam ainda painel de instrumentos digital e nova central Mylink de 11”
Foto de: Chevrolet
Onix Plus (sedã): mesmas especificações do hatch e seis versões. Preços de R$ 106.790 (1,0 L manual) a R$ 136.490 (Premier Turbo automático). Garantia de cinco anos.
Tracker: além das atualizações de desenho e acabamentos, introduz o novo visual de SUVs da Chevrolet e refinamento no comportamento dinâmico. Cinco versões com preços entre R$ 119.900 e R$ 190.590.

Chevrolet Spark EUV, ainda sem muitas informações oficiais, custará R$ 159.990
Foto de: Motor1 Brasil

Tracker 2026 ganhou frente inspirada em seus irmãos maiores Equinox e Blazer EV
Foto de: Chevrolet
Spark EUV (elétrico): SUV urbano traz duas opções de acabamento interno. Motor elétrico com 102 cv, 18,4 kgf·m, bateria de 41,9 kW·h e alcance de até 258 km padrão Inmetro. Em pré-venda por R$ 159.990 com lançamento ainda neste trimestre.
Captiva EV (elétrico): Compartilha o nome com um modelo a combustão, mas se trata de um SUV médio-grande (entre-eixos de 2.800 mm) a ser lançado antes do final do ano. Especificações técnicas ainda não confirmadas.

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Fonte: Fiat
Titano 2026: evoluções surpreendentes
A mudança de local de produção do Uruguai para a Argentina pode ter sido o pretexto para mudar o motor e câmbio da Titano. Mas, o fato é que o motor antigo de origem chinesa não cumpriria as exigências do Proconve L8. O projeto como um todo tinha limitações, agora superadas pela engenharia brasileira
O novo motor diesel Multijet 2.2 de 2.184 cm³ entrega 200 cv, contra 180 cv do anterior e torque de 45,9 kgf·m (40,8 kgf·m antes). O novo câmbio automático, também epicíclico, agora tem oito marchas, contra seis do anterior. A versão de entrada, Endurance, tem o mesmo motor e potência, porém calibrado para menos torque (40,9 kgf·m), valor suportado pelo câmbio manual de seis marchas.

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Fonte: Fiat
A tração nas quatro rodas é AWD nas versões de topo, com seleção automática de tração por demanda, enquanto na versão de entrada a tração nas quatro rodas é 4WD, com seleção manual. Nova caixa de direção eletroassistida e suspensões recalibradas melhoraram muito conforto e dirigibilidade em pisos irregulares. O freio traseiro agora é a disco e o de estacionamento eletromecânico (exceto na versão de entrada Endurance).
Externamente nada mudou, à exceção da pintura da grade do radiador e detalhes no para-choque. O interior da versão de topo Ranch recebeu novo quadro de instrumentos de 7 pol. e central multimídia de 10 pol. agora com conexão Android Auto e Apple CarPlay sem fio

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Fonte: Fiat
Nos testes de pista do circuito de Curvelo (MG) o resultado foi muito bom em trilhas pesadas. Comprovaram significativa evolução do produto em pouco mais de um ano de lançamento.
Preços: R$ 233.990 a R$ 264.990

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Fonte: Ford
Boa evolução marca o Territory 2026
Com novos elementos visuais e atualização de conteúdo, o SUV de origem chinesa mantém o mesmo conjunto mecânico de 169 cv de potência e 25,5 kgf·m de torque e um câmbio automático de dupla embreagem em banho de óleo de sete marchas e tração dianteira.
Comprimento foi ampliado em 55 mm, para 4.685 mm; entre-eixos, 2.670 mm; largura, 1.935 mm; altura, 1.706 mm com massa total de 1.630 kg e até 448 L (estepe temporário) de bagagem no porta-malas com abertura elétrica e comando de abertura sem usar as mãos.

Foto de: Ford
Além de novos para-choques dianteiro e traseiro, há uma grade escurecida em formato octogonal, além dos faróis com assinatura em “L” invertido e horizontal. Rodas de 19 pol. e pneus 235/50. No interior, os bancos dianteiros, além de aquecimento e ventilação, permitem ajustes elétricos para motorista em 10 direções e para passageiro em quatro direções. Há duas telas de 12,3 pol. para o quadro de instrumentos e para a central de infotenimento.
Espaço interno para todos os ocupantes muito bom para o seu porte. Há saídas de ar traseiras para climatização e teto panorâmico com abertura elétrica da cortina. Em primeiro contato de São Paulo a Itatiba (SP) destaques para silêncio em marcha, maciez ao rodar, boas características dinâmicas, trocas de marchas suaves e rápidas e atuação dos freios.

Foto de: Ford
Há quatro modos de condução (Normal, Eco, Sport e Trilha). Apesar do desempenho do motor não chegar a empolgar, é adequado para uso familiar em viagens e no cotidiano. O conjunto inclui assistentes de condução com boa calibração e sistemas de segurança adequados.
Preço: R$ 215.000.

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Fonte: @gtocarspecialists
Singer: a arte de reimaginar um Porsche
A Singer, customizadora americana especializada em “restomod” (restauração com modernização) de Porsche usado, é agora representada no Brasil pela GTO Car Specialists, que já mostrou o primeiro projeto desenvolvido para um cliente brasileiro.
A Singer Vehicle Design foca em um único modelo: o 911 da série 964, fabricado de 1988 a 1994. A empresa foi fundada em 2009, na Califórnia, por Rob Dickinson, ex-vocalista da banda britânica Catherine Wheel. O nome homenageia o engenheiro da Porsche, Norbert Singer, consultor no projeto original.

Foto de: @gtocarspecialists
O carro apresentado semana passada em São Paulo (SP) é um dos últimos da série “Classic Study”, limitada a 450 unidades. Procura “reimaginar” o modelo alemão unindo o melhor do passado e do presente.
No processo meticuloso, a Singer só aceita carro íntegro para a transformação. O Porsche 911, ano de fabricação 1989, foi enviado do Brasil, em 2021, pela GTO para a sede da Singer. Depois de dois anos na fila de espera, demorou mais um ano para ser construído.

Foto de: @gtocarspecialists
A estrutura básica é em compósito de fibra de carbono e, do modelo original, só foram mantidas as portas. Massa total foi reduzida para 1.200 kg. Além do interior requintado, motor de 4 litros de cilindros horizontais opostos três a três gera 390 cv e 41 kgf·m. A transformação parte de US$ 800 mil, além de opcionais que somam US$ 300 mil. Com custos de transporte e impostos chega a R$ 10 milhões.