A defesa do general Walter Souza Braga Netto pediu, nesta quarta-feira (15/1), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restitua os aparelhos apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante investigações sobre uma suposta trama golpista. Entre os itens estão celular, computador e pendrives.
Os advogados alegam que os aparelhos apreendidos na operação Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro de 2024, já tiveram o conteúdo extraído pelos investigadores. A defesa, então, pede que o material poderia ser devolvido.
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“Consta dos autos que os aparelhos eletrônicos e mídias dos referidos termos de apreensão já tiveram seus conteúdos extraídos”, afirma a defesa do ex-ministro e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).
“O conteúdo, aliás, foi utilizado na elaboração do relatório final das investigações, de modo que a manutenção dos aparelhos e mídias apreendidos não mais interessa ao processo, permitindo sua restituição”, completa.
Obstrução de Justiça
Braga Netto está preso desde 14 de dezembro do ano passado por obstrução de Justiça. O militar é um dos indiciados no inquérito que investigou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-ministro de Bolsonaro foi preso em casa, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo a PF, Braga Netto teria tentado obter informações sigilosas sobre o acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro.